A
educação aberta é um modelo de educação flexível, sem constrangimentos ou ainda
sem limites. [Quando nós pensamos e fazemos a educação aberta] é a mesma coisa
que falar da educação em rede, a distância ou ainda em elearning. [Não obstante
essas definições, a educação em e-learning] também pode ser definida como sendo
uma educação em rede. (Paulo Dias).
Hoje
o papel do docente mudou radicalmente, foi-se a época do giz, branco, do quadro
negro. Hoje, os educadores contam com muitos equipamentos tecnológicos a sua
disposição. O “novo professor” está sempre atualizado, com o que há de mais
moderno, sabe utilizar as TIC para melhorar o ensino e a aprendizagem, admite
não ter todas as respostas, é parceiro do aluno e aprende com eles, continua
mantendo autoridade mas não é um autoritário. A sua atuação é de orientar um
determinado grupo em rede partilhando soluções onde o objetivo é promover a
construção de novos saberes.
Contudo,
para que tudo isso funciona temos de ter ambientes, ferramentas e meios para implementar
essas interações que são necessários e mais fortes permitindo assim criar uma maior
comunidade de intergerações em rede.
In: Valente, Robson. (abril 2012). Ferramentas da Web 2.0. https://pt.slideshare.net/RobsonValente/ferramentas-da-web-20?from_action=save. |
Com
efeito, tudo isso só vale a pena se nós tivermos as TIC ao serviço de
aprendizagem utilizando um novo recurso – ferramentas da web 2.0. De acordo com (Moreira, António 2015) as redes sociais e a web 2.0 tem estado a proporcionar a construção
coletiva de conhecimentos e possibilitado a partilha de saberes. Sendo a
educação em rede pela sua natureza requer envolvimento ativo dos seus internautas
que nela participa para construção coletiva dos conhecimentos. Contudo, essa
participação massiva dos intervenientes tem a ver com o crescimento de cursos
online disponíveis e gratuitos. Na
educação da era digital é necessário promover práticas pedagógicas ativas e
construtivas nos processos educativos de ensino e aprendizagem para melhorar a
qualidade profissional dos “novos professores” recorrendo a modelos de formação
que adequa-se nas dinâmicas pedagógicas que se quer.
Por
conseguinte, deixamos exemplos de algumas ferramentas da Web 2.0 para docência em
ambientes flexíveis e personalizado do ensino e aprendizagem: redes sociais (Twitter,
youtube, facebook,…), www.videocribe.com,
www.tricider.com, www.mindomo.com, o modelo Tpack entre outros. Quanto
a este último, modelo Tpack convém realçar a sua importância no processo de
ensino e aprendizagem e numa nova abordagem que se quer para o processo de ensino
aberto a distância. O TPACK é conhecimento Tecnológico Pedagógico do Conteúdo (sigla
em inglês para Technological Pedagogical Content Knowledge) é um modelo teórico
formulado para entender e descrever os tipos de conhecimentos necessários a um
professor para a prática pedagógica efetiva em um ambiente de aprendizagem
equipado com tecnologia.
In:do Rosário, Ademiro. Educação em Rede e Ferramentas da Web 2.0.http://elearning.uab.pt/mod/forum/view.php?id=318308. |
Portanto,
o professor ao aprender e se adaptar ao uso das TIC e, então utilizá-las no
ensino das disciplinas que leciona, consequentemente, aprende a usar
tecnologias que sejam úteis a seu conhecimento pedagógico para o ensino de
determinado conteúdo. A partir da necessidade em relacionar o CK, o PK e o TK é
que foi elaborado o framework TPACK. Assim, de acordo com esse modelo, carece
ao profissional de ensino dominar os três campos de conhecimento e suas
relações, pois a atualização de um deles implica que se repense os demais
(GRAHAM, 2011; MAZON, 2012).
Desta maneira, o TPACK possui como principal objetivo a articulação dos três saberes (TK, PK e CK), que formam a base para sua estruturação, com a finalidade de obter um ensino realmente eficiente ao cingir as relações estabelecidas entre estas três esferas de conhecimento sem ignorar a complexidade existente individual ou coletiva (LOPES, 2011).
Bibliografia
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